quarta-feira, 10 de abril de 2013

Abençoada União

“Abençoada seja a união do Deus e a Deusa,
Abençoado seja o caminho do Senhor e da Senhora.
Abençoados sejam os meus joelhos,
Para que me ajoelhe ante o Altar Sagrado.
Abençoado seja o meu coração,
Que ama meus Deuses com paixão.
Abençoados sejam os meus lábios,
Para que digam sempre a verdade.
Abençoados sejam os meus olhos,
Para ver as belezas criadas pela Mãe.
Possa o amor do Senhor e da Senhora,
Estar em mim e à minha volta,
E que eu siga meu caminho,
Com as vossas proteções,
Ao começar a minha jornada através do dia e da hoje.
Que assim seja e se faça !”


domingo, 5 de agosto de 2012

XAMANISMO, O QUE É?

Hoje em dia quando muitos ouvem a palavra xamanismo pensam em culturas indígenas americanas ou mesmo  pajelança brasileira. Mas, na verdade, xamanismo não se relaciona somente à espiritualidade indígena. É verdade que os indígenas foram os grandes responsáveis por manterem acessas as chamas da Medicina da Terra mas as práticas se originaram no homem primitivo, no paleolítico.
A palavra tem origem siberiana e não americana e é usada hoje como uma forma única para descrever as práticas no mundo todo. Ou seja, as práticas são universais, é um legado do Mundo Espiritual para a Humanidade. Não pode haver fronteiras.

Religião da Idade da Pedra



Piers Viebsky em "O xamã", cita que em 1991 foi encontrado o corpo mumificado de um homem preservado sob as neves dos Alpes Austríacos. Foi apanhado por um temporal ao cruzar um desfiladeiro da montanha há cerca de cinco mil anos. Poderia ser de um pastor (de ovelhas) mas as tatuagens na pele, um disco de pedra numa correia e alguns musgos secos medicinais encontrados em sua posse permite a suposição de que era um xamã numa viagem ritual.
Muito antes de ter sido descoberto esse "homem do gelo", no princípio do sec. XX, foram encontradas pinturas rupestres pré-históricas, no Sul da França, de figuras semi-humanas, semi-animais entre animais comuns, que foram consideradas como representando xamãs e que conduziram a suposição de que o xamanismo foi a religião humana original e primordial.

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Numa das gravuras um homem com o falo ereto está deitado ao lado de um bisonte com uma cabeça de pássaro ao seu lado; o próprio homem parece ter a cabeça de pássaro e presume-se que a gravura represente um xamã em transe. Essa interpretação foi popularizada na década de 60 por Lommel num livro profusamente ilustrado, Shamanism:The Beginnings Of The Art.



A figura da gruta de Les Trois Frères nos Pirineus franceses que foi chamada de Feiticeiro Dançador, é considerada por alguns estudiosos como representando um xamã. Uma criatura masculina vista de perfil olha de frente para quem a contempla com os seus olhos muito redondos. Todas as partes da sua anatomia parecem pertencer a um determinado animal: orelhas de lobo, chifres de veado, rabo de cavalo e patas de urso. E no entanto o efeito geral é notoriamente humano. Outra interpretação possível é a de que represente um espírito Senhor dos Animais personificando simultaneamente a essência de todas as espécies.

O primeiro tratado vem da Sibéria (altaicos, iacutes, buriatas, tungues, vogul, samoiedos, etc.). Uma fonte acredita que os homens/xamãs teriam emigrado durante as grandes glaciações seguindo rebanhos de renas. Eles passaram pelo estreito de Bering ou por uma ponte terrestre que ligava os dois continentes e se espalharam pelo mundo.
Encontram-se fenômenos xamânicos similares entre os esquimós, índios das Américas; do Norte, Central e Sul; Oceania, Austrália, no sudeste asiático, na Índia, no Tibet e na China. Trata-se de um conjunto de práticas evidentemente adaptadas a cada cultura, a cada crença, mas que em toda parte apresenta o mesmo conteúdo mágico, religioso e simbólico. Faz pensar que todos vieram de uma mesma fonte de conhecimento.
Sintetizando, o xamanismo é a "Jornada da Consciência", um legado da humanidade além das fronteiras dos países, credos, raças, filosofias. Xamanismo Universal não significa uma classificação nova no xamanismo, o xamanismo é universal. A premissa básica é o reconhecimento que todos fazemos parte da Família Universal e tudo está interligado. O praticante compreende o Espírito Essencial que está dentro dele mesmo, na natureza e em todos os seres. O praticante sabe quem ele é e como se relaciona com o Universo.
No sentido do "religare" pode ser considerada uma religião, mas o xamanismo não é como um conjunto de ritos específicos que seguem seus mestres máximos como cristianismo (Cristo), budismo (Buda), islamismo (Maomé), Taoísmo (Lao-Tsé), etc; cujas práticas são determinadas e iguais e que possuem seus Livros Sagrados de conduta em todos os lugares do mundo.
Na essência são práticas religiosas. O xamanismo se insere de acordo com a crença espiritual/religiosa local, é um fenômeno religioso. Pode-se dizer que as religiões representam um xamanismo adaptado e afetaram as tradições xamânicas continuadas ou marginalizadas nas culturas que dominaram. As práticas, os mitos, as entidades dependem da tribo, linha, geografia, crenças.
O xamã é sempre uma figura dominante e não um santo,avatar ou profeta. Ele é um intermediário entre o mundo espiritual, natureza e a comunidade.
A Medicina da Terra é derivada de conhecimentos medicinais passados pelos ancestrais que são honrados por aqueles que recebem a iniciação. O clichê mais ultrapassado é aquele em que o iniciado tenta matar simbolicamente seu iniciador ao invés de honrá-lo. Isso é enfraquecer a raiz pela qual ele foi formado, uma auto-sabotagem espiritual. O entendimento disso faz com que o discipulado crie conscientemente um movimento de afinidade que traz harmonia no resultado.


O "conhecimento" é para todos mas "sabedoria" é para alguns. Por isso acho importante a divulgação do conhecimento e aplicação prática dele pois existe ainda uma minoria que se transforma. É como um garimpo! Entre esses buscadores do conhecimento sempre sai uma pepita de ouro que vai fazer o mundo mais brilhante. Por essas pepitas vale a pena. O coração do verdadeiro iniciado tem que se confortar com isso pois sempre é a minoria. Por outro lado existe um outro fenômeno, algumas pessoas lançam-se à determinadas práticas sem o devido conhecimento e sem as "bênçãos espirituais", ou seja: ação sem conhecimento. O que pode ser problemático.
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Muitos iniciam a caminhada mas poucos atingem as maiores alturas. Este conhecimento não está limitado aos iluminados, é disponível para todos nós dependendo da sinceridade e humildade com que buscamos. Sabedoria xamânica é sabedoria da Mãe Terra e, a cada filho dela, é dado um presente, algum talento especial.
O xamã compreende o Círculo Sagrado da vida e recomenda, ajuda na cura, ensina o que é necessário para o bem da comunidade.Isto significa freqüentemente colocar a comunidade em primeiro plano. O caminho xamânico conduz a um relacionamento de amor com a Mãe Terra. Não é possível praticar o verdadeiro xamanismo sem incluir os cuidados com a preservação da vida de todos os reinos (animal, mineral, vegetal, espiritual) em nosso planeta.
O xamanismo aparece como um reflexo de um Grande Espírito que pode ter vários nomes. É honrado o Criador e todas as suas criaturas, sejam pedras, animais, aves, plantas, peixes, insetos, águas, ventos e outras manifestações da natureza que compartilhamos a existência nesta vida. Essa consciência, esse alinhamento com as forças da natureza, transforma-se em poder de cura e expande habilidades psíquicas através da reconexão com a vida, com o Sagrado, com o mistério da Criação.
O foco das práticas do xamanismo centra-se nos ritmos cíclicos da natureza: nascimento, morte e renascimento, a complementaridade masculino e feminino, o contato pessoal individual com ambiente imediato da terra, com as forças da terra do sol, da lua e das estrelas. Um verdadeiro xamã enfrentou suas sombras e venceu seus medos da insanidade, solidão, orgulho, vaidade, vícios, doença, ao passar por mortes em vida. Depois disso, escolhe tornar-se curador curado, auxiliador, visionário, à serviço das pessoas.



No xamanismo ao redor do mundo podemos ver as similaridades que definem as práticas :


  • A Busca por estados Alterados de Consciência, Vôo da Alma / Êxtase. O xamã é um especialista e um mestre da viagem estática

  • A capacidade de viajar em espírito assumindo a forma de um animal ou ave ou diretamente através daquilo a que chamaríamos de experiência fora-do-corpo. Este vôo mágico é um dos fundamentos do xamanismo

  • Viagem por mundos paralelos ( Reino dos Espíritos). Mundos invisíveis à realidade ordinária a fim de guiar espíritos e obter conhecimento espiritual.

  • O xamã atua como canal de cura. Tem conhecimento do poder das plantas, pedras, dos espíritos animais e seres da natureza.

  • Devoção à Criação, Sol, Lua, Estrelas. Reconhecimento da presença de Deus em todas as manifestações do Universo

  • Interação com espíritos da natureza

  • Utilização de instrumentos de poder para induzir ao transe /estados alterados de consciência (tambores, maracás, etc)

  • Conhecimento sobre o fogo

  • Utilização de plantas (purificação, enteógenas, medicinais, magnéticas)

  • Canções de Poder

  • Danças

  • Respiratórios e dietas

  • Contação de histórias, preleições.

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O Xamanismo como a mais antiga prática espiritual da humanidade tem como base em suas práticas o respeito pela ecologia, reconhecimento do Sagrado, necessidade de expandir a consciência e obter resposta em mundos paralelos, prática do amor incondicional . Suas práticas estabelecem contato com outros planos de consciência a fim de obter conhecimento, poder, equilíbrio, saúde. Propicia tranqüilidade, paz, profunda concentração, estimula o bem estar físico, psicológico e espiritual.
A interação harmônica dos elementos equilibra a Jornada da Nossa Alma, faz girar a Roda da Vida em harmonia. No xamanismo praticado na atualidade estudamos os talentos elementais:

  • A Terra é relacionada com o corpo físico e com as sensações.

  • A Água é relacionada com a alma e com as emoções e sentimentos.

  • O ar é relacionado com a mente e aos pensamentos e idéias.

  • O fogo é relacionado com o espírito e associado à consciência, a claridade, a inspirarão.


O reconhecimento do caminho da verdade vem da expansão da consciência e a compreensão de que o verdadeiro poder está dentro de cada praticante e provém do desenvolvimento de seus próprios dons. Inspirados na sabedoria dos povos ancestrais temos o desafio de resgatar o conhecimento acumulado nas práticas xamânicas das diversas tradições do planeta para os dias atuais. Assim, pretendemos contribuir para a saúde, autoconhecimento e o bem-estar geral do nosso povo e resgatar valores para uma vida mais harmônica e ecológicamente correta.
Os ancestrais xamânicos viviam em harmonia e equilíbrio com todos os seres, pedras, plantas, animais, pássaros, peixes e até insetos.Para garantir sua sobrevivência em ambiente hostil os homens primitivos interpretavam os sinais e as mudanças da natureza a seu redor. Viviam de acordo com os ciclos do Sol e da Lua, das mudanças das estações, manifestações da natureza, vento, chuva, etc.
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Os caminhos do xamanismo são espirituais. A prática xamânica compreende a capacidade de entrar e sair de estados de consciência, de realidades não-ordinárias Os estados alterados de consciência não envolvem apenas o transe e sim a capacidade de viajar na realidade incomum com o objetivo de encontrar espíritos animais, plantas, mentores, obter insights, promover curas, oráculos.
Os estados alterados de consciência incluem vários graus. Stanley Kryppner chega a classificar vinte estados diferentes de consciência. Elíade fala do êxtase, Castañeda fala do nagual. Nirvana, samadhi, alfa, transe, satori, consciência cósmica, supraconsciência, etc.,também são nomes para a mesma manifestação.
São através desses estados que conseguimos conexão com nossos mitos, símbolos, nossa verdade interior. Conseguimos expandir a percepção para mistérios que estão guardados em nós mesmos. Aprendemos a sentir, ver e ouvir a energia.Nos religamos com o Sagrado e com a fonte criativa de tudo o que nos acontece. Através da consciência ordinária não conseguimos alcançar níveis profundos do nosso ser. Existem diversas técnicas ou rituais para se chegar a estados mais profundos de consciência, dentre elas: tambores, danças, jejuns, plantas de poder (enteógenos), respirações, posturas corporais, e outros.
Através desses estados especiais alcança-se uma experiência divina, acessa-se uma fonte de Sabedoria Superior, podemos curar nosso corpo, nos conhecemos melhor através das visões, expandimos a nossa consciência.
Aprende-se as influências e forças da Terra e como as energias naturais afetam a vida. Tudo na natureza cresce e muda. É um ciclo. Os povos antigos consideravam a viagem circular da Terra ao redor do Sol, uma roda, representando o eterno ciclo de nascimento e desabrochar, crescimento e florescimento, maturidade e frutificação, envelhecimento e decadência, morte e decomposição e novamente renascimento, refletido na vida humana e na natureza.
Os nativos reconhecem o círculo como o principal símbolo para o entendimento dos mistérios da vida. Observaram que ele estava impresso em toda a natureza. O homem olha o mundo através dos olhos que é um círculo. A Terra, a Lua, o Sol, os planetas; são todos circulares. O nascer e o por do Sol acompanham um movimento circular. As estações formam um círculo. Os pássaros constroem ninhos em círculos, animais marcam seus territórios em círculos. As cabanas, ocas, tipis são circulares.
O xamanismo resgata a relação sagrada do homem com o planeta. O resgate dos festivais sazonais (Solstícios e Equinócios), por exemplo, não marcam apenas a jornada do Sol, mas também os pontos críticos das estações, o ciclo agrícola, nossas emoções, hábitos. Essas "Forças Verdadeira acessadas desde o princípio na história espiritual da Terra, são resgatadas através dos séculos e podemos sentí-las atuando em todos os momentos das cerimônias.
Podemos sentir a ligação profunda que a natureza tem com a vida, nos tornarmos parte de uma comunidade global, propomos o Vôo da Consciência em busca de novos horizontes, de novas conquistas, de um novo ser, de uma nova vida. O início de uma vida pautada na sabedoria encontrada nas folhas, nos movimentos dos ventos, no poder transformador do fogo, nos espíritos ancestrais, na jornada da alma, na missão.
As religiões do mundo moderno não têm tempo para a ecologia espiritual assim como a cultura e o modelo de pensamento consumista atuante. As Grandes Religiões inspiram e apontam para uma vida eterna fora deste planeta e pouco se preocupam em honrar as realidades do espaço sagrado em que vivemos. Atualmente muitos vivem com uma sensação de separação, isolamento, um sentimento de que deva existir um sentido maior na vida. Os rituais xamânicos podem trazer a consciência de somos apenas um "microcosmo", que somos parte de "algo maior", que somos filhos da Terra, parte de uma Terra Viva.

Harmonia - Amor - Paz e Luz

Fonte:  Xamanismo.com

A Deusa que Habita em Mim

As fases da Deusa Mãe e Mulher.
A Deusa em mim habita em suas três diferentes formas.
Quando a lua cresce no céu, sou Ártemis nos bosques.
Busco os caminhos virgens e neles mostro minha força em cada ramo.
Sou Ártemis quando busco os montes e anseio por novos rumos,
Quando repudio os limites e não existe o medo.
Sou Ártemis quando me lanço sem amparo do cume feito com todas as pedras que tentam ,
inúteis , bloquear meus atos deliciosamente insanos.
Assim sou Ártemis.

Quando no céu a lua e cheia sou Demeter de coração nos olhos.
Busco o amor imensurável e ofereço aquele que habita em meus infinitos braços.
Sou Demeter quando procuro meu filho em cada ser,
quando quero ser ave mãe e ninho em um só tempo.
Sou Demeter quando meu colo se torna morto e suplica dolorosamente ,
pelo lançar de ancoras de todas as embarcações.
Assim sou Demeter.
Quando a lua mingua, sou Hécate de toda a escuridão.
Busco a linguagem da alma e descubro ser eu mesma tudo aquilo que me ameaça.
Sou Hécate quando a solidão importa e quando fim torna-se causa e razão.
Sou Hécate quando penso na morte e encontro o que sou antes de tornar-me outra.
Assim sou Hécate.

E assim a Deusa habita em mim, e em suas três diferentes formas.
Fonte: Magia Zen e e STUM

quinta-feira, 26 de julho de 2012

IMBOLC - O Crescimento da Luz

Imbolc - o crescimento da luz (Imbolg, Oimelc, Candlemas, Treguenda Lupercalia)



Hemisfério Sul: 01°/02 de Agosto 
Hemisfério Norte: 01°/02 de Fevereiro

Este Sabbath originou-se na antiga Irlanda, nas comemorações da Deusa Brighid, Brigid ou Brigith, homenageada como a "Noiva do Sol". Apesar de estarem no auge do inverno, este festival era dedicado ao aumento da luz e ao despertar das sementes enterradas na terra congelada. Na Roda do Ano, Imbolc é o oposto de Lughnasadh e festeja a Deusa como Donzela.


Imbolc ocorre seis semanas após Yule, simbolizando a recuperação da Deusa após o parto da criança solar e sua transformação em Donzela jovem e cheia de vigor. A Igreja Católica aproveitou o antigo significado pagão e transformou esta data na festa da Candelária, a Purificação de Maria. A própria Deusa Brighid foi cristianizada como Santa Brígida e seu santuário foi transformado em um mosteiro de monjas.
Brigidh ou Bride (pronuncia-se Bríd), era uma Deusa Tríplice, regente da Inspiração (arte, criatividade, poesia e profecia), da cura (ervas, medicina, cura espiritual e fertilidade) e da Metalurgia (ferreiros, ourives e artesãos). Por ser uma Deusa do Fogo, era homenageada com fogueiras, rodas solares, coroas de velas e rituais que despertavam ou ativavam o Fogo Criador. As lendas celtas descrevem-na como a Deusa em sua apresentação de Donzela tocando, com seu Bastão Mágico, a terra congelada pelo Cajado da Anciã, despertando-a para a vida e aumentando a luz do dia.
O Sabbath Imbolc, cujo nome significa "apressar-se", celebrava o aumento da luz e a derrota do inverno. Na véspera, todos os fogos e luzes eram apagados para serem reacesos, ritualisticamente, com as brasas das fogueiras dedicadas a Brigith.
Neste dia, com a comemoração do Disting, os povos nórdicos "enterravam" a negatividade e as agruras do inverno, acendendo fogueiras nas encruzilhadas e purificavam a terra, salpicando sal e cinzas sobre ela.
A versão romana deste Sabbath (que originou a Treguenda relativa na Bruxaria Italiana) era a Lupercália e os alegres festejos para as Deusas Frebua, Diana e Vênus.
Na maioria das Tradições da Wicca, nesta data, são feitas as Iniciações dos novos adeptos e as Confirmações das Sacerdotisas. Por ser Brigith uma Deusa da cura, padroeira das Fontes Sagradas, ela era invocada nos rituais de purificação e cura, sendo reverenciada nas Fontes a ela consagradas. Até hoje, em certos lugares da Grã-Bretanha e Irlanda, as pessoas amarram fitas ou pedaços de roupas nas árvores próximas às antigas Fontes Sagradas, atualmente dedicadas a Maria ou às santas católicas, orando para obter a cura de seus males.
A atmosfera deste festival é marcada pelo despertar das sementes, dos novos planos e novos projetos, pela iniciação em um caminho espiritual ou em novas oportunidades, pela aceleração e renovação das energias, pela purificação e pelo renascimento material ou espiritual, pela busca de presságios e pela preparação para sua realização.
Imbolc é uma data propícia para despertar a criatividade e abrir-se para a inspiração por meio da poesia, canções, narrativas, desenho, cerâmica ou dança.




Fonte: O Anuário da Grande Mãe: guia prático de rituais para celebrar a Deusa

DEUSES DA MITOLOGIA NÓRDICA

Os deuses da mitologia nórdica passam de trezentos, entretanto pouco mais de vinte são lembrados. Eram deuses fortes e maiores do que as pessoas comuns. Geralmente são bons, simpáticos e prestativos. Vivem mais do que os seres humanos, mas não são imortais.
ODIN – Zeus Nórdico, criador da humanidade, deus sabedoria (adquirida em troca de um olho, para que pudesse beber da Fonte da Sabedoria - Mimir), da guerra, da vitória e da morte; detentor supremo das fórmulas mágicas, da poesia, da profecia, e da caça. Tinha um aspecto assustador: era alto e forte como um gigante. Habitava o palácio de Valaskjálf, a morada dos heróis, em Asgard, o paraiso, de onde podia observar, de seu trono (o Hliðskjálf), o que acontecia em cada um dos nove mundos. Nas batalhas, Odin levava uma poderosa lança (Gungnir) e montava um terrivel corcel de fogo com oito patas chamado Sleipnir. Nos altares que se elevavam em sua honra, Odin era invocado na defesa contra o inimigo por ocasião das batalhas, durante os naufrágios, nas doenças, ou em qualquer situação desesperadora.
FRIGGA – Esposa de Odin. Deusa da fertilidade. Vestia um manto que mudava de cor conforme seu humor. Era invocada pelas mulheres no parto. Chefiava as Valquírias (divindades menores, servas de Odin).
HYR – Deus da batalha. Filho de Odin e Frigg.
BRAGI – Filho Odin com uma amante. Porta-voz e mensageiro dos deuses.
BALDER - Deus da beleza e do equilíbrio; o mais justo dos deuses. Filho de Odin e Frigg. Foi morto por Loki.
LOKI – Deus do fogo, da trapaça e da travessura. Pode assumir a forma de vários animais, exceto de aves. Ele pregava peças e insultava os outros deuses; por isso, é tido como símbolo da maldade. Depois de uma série de crimes (roubos e assassinatos) foi condenado a passar a eternidade numa caverna. Ele está entre as figuras mais complexas da mitologia nórdica.
SIGYN - Esposa de Loki. Quando Loki é castigado e preso numa caverna com o veneno de uma serpente pingando sobre seu rosto, Sigyn permanece com o marido, tentando minimizar o sofrimento dele.
HEL – Deusa da terra dos mortos. Filha do gigante Loki (deus do fogo) e da gigante do gelo Angrboda. Hel foi banida por Odin para as profundezas do mundo inferior que recebeu seu nome, Helheim. Seu trabalho era vigiar o reino subterrâneo dos mortos pecadores. Helheim fica às margens do rio Nastronol, que equivale ao rio Aqueronte da mitologia grega.
THOR – Deus do trovão. Filho de Odin com outra deusa. Por ter uma enorme estatura, é o mais forte dos deuses do panteão nórdico. Sua arma era um martelo de guerra mágico (Mjolnir) que nunca errava o alvo e sempre retornava as suas mãos; com ele gostava de esmigalhar o crânio dos gigantes do gelo, seus inimigos. Usava luvas de ferro também mágicas para segurar o cabo do martelo e um cinturão (Megingjard) que dobrava a sua força.
NJORD - Protetor dos navegadores. Os que o invocavam navegavam tranquilos.
FREYA - Deusa do amor e da luxúria. Detinha poderes de magia e feitiçaria. podia tomar a forma de um pássaro para descer ao mundo dos mortos e trazer profecias.
FREYR - Deus da abundância e irmão de Freyja. Decide quando a chuva cai, dá fartura aos frutos da terra, e é invocado na paz e na prosperidade. Possui um barco (skidbladnir) capaz de carregar todos os deuses. É o patrono da Suécia e da Islândia.
FORSETI - Deus da justiça. É ele que define as disputas entre os deuses e os humanos. Na mitologia, nunca falhou em um acordo. Falando por horas a fio, sempre convence os deuses pelo cansaço. 
NORNAS - Deusas do Destino. Urd conhece o passado; Verdandi, o presente; e Skuld, o futuro.
Fonte: Mistérios Antigos, Templo de Avalon.com
Deuses da Mitologia Nordica

Belisama, Deusa Celta da Água



No panteão celta, Belisama era uma deusa ligada aos lagos e rios e ao fogo e à luz. Muito cultuada na Gália e na Bretanha. Estava identificada à Minerva e também comparada à Brigid.   O seu nome significa a muito brilhante. Assim, esta deusa era associada ao fogo e à luz solar. Alias, era considerada mulher do deus cujo nome significa brilhante, Belenos.
Também chamada de rainha do céu e deusa da arte de viver. Tudo ao seu redor se convertia em riqueza e alegria. Belisama era tida como a grande transformadora da realidade e criadora das mudanças mágicas.
Algumas fontes interpretam seu nome como “a luminosidade do verão”. E de acordo com o mito, ela era esposa do deus Belenos, cujo nome significava “brilhante”.
Essa deusa também está associada à práticas curativas. Há um rio na Inglaterra que levava seu nome. Hoje o rio chama-se Riblle. 

Invocação à Belisama (Karidwen, Brigit. Dana, Tara)
(Karidwen, Brigit. Dana, Tara) 
 Glória à Ti, ó tão Santa Mãe (Belisama) 
Cheia de graças,
Porque o Incriado está conTigo,
seja bendita entre nós
Assim como seja louvado o fruto do teu Amor.
Tão Santa Mãe, protege-nos hoje
 esta noite,
Ajuda-nos à trabalhar pela Branca Luz,

Em Harmonia com o Todo. 


Fonte: Blog Cantinho dos Deuses e Site dos Druídas.free