quinta-feira, 26 de julho de 2012

IMBOLC - O Crescimento da Luz

Imbolc - o crescimento da luz (Imbolg, Oimelc, Candlemas, Treguenda Lupercalia)



Hemisfério Sul: 01°/02 de Agosto 
Hemisfério Norte: 01°/02 de Fevereiro

Este Sabbath originou-se na antiga Irlanda, nas comemorações da Deusa Brighid, Brigid ou Brigith, homenageada como a "Noiva do Sol". Apesar de estarem no auge do inverno, este festival era dedicado ao aumento da luz e ao despertar das sementes enterradas na terra congelada. Na Roda do Ano, Imbolc é o oposto de Lughnasadh e festeja a Deusa como Donzela.


Imbolc ocorre seis semanas após Yule, simbolizando a recuperação da Deusa após o parto da criança solar e sua transformação em Donzela jovem e cheia de vigor. A Igreja Católica aproveitou o antigo significado pagão e transformou esta data na festa da Candelária, a Purificação de Maria. A própria Deusa Brighid foi cristianizada como Santa Brígida e seu santuário foi transformado em um mosteiro de monjas.
Brigidh ou Bride (pronuncia-se Bríd), era uma Deusa Tríplice, regente da Inspiração (arte, criatividade, poesia e profecia), da cura (ervas, medicina, cura espiritual e fertilidade) e da Metalurgia (ferreiros, ourives e artesãos). Por ser uma Deusa do Fogo, era homenageada com fogueiras, rodas solares, coroas de velas e rituais que despertavam ou ativavam o Fogo Criador. As lendas celtas descrevem-na como a Deusa em sua apresentação de Donzela tocando, com seu Bastão Mágico, a terra congelada pelo Cajado da Anciã, despertando-a para a vida e aumentando a luz do dia.
O Sabbath Imbolc, cujo nome significa "apressar-se", celebrava o aumento da luz e a derrota do inverno. Na véspera, todos os fogos e luzes eram apagados para serem reacesos, ritualisticamente, com as brasas das fogueiras dedicadas a Brigith.
Neste dia, com a comemoração do Disting, os povos nórdicos "enterravam" a negatividade e as agruras do inverno, acendendo fogueiras nas encruzilhadas e purificavam a terra, salpicando sal e cinzas sobre ela.
A versão romana deste Sabbath (que originou a Treguenda relativa na Bruxaria Italiana) era a Lupercália e os alegres festejos para as Deusas Frebua, Diana e Vênus.
Na maioria das Tradições da Wicca, nesta data, são feitas as Iniciações dos novos adeptos e as Confirmações das Sacerdotisas. Por ser Brigith uma Deusa da cura, padroeira das Fontes Sagradas, ela era invocada nos rituais de purificação e cura, sendo reverenciada nas Fontes a ela consagradas. Até hoje, em certos lugares da Grã-Bretanha e Irlanda, as pessoas amarram fitas ou pedaços de roupas nas árvores próximas às antigas Fontes Sagradas, atualmente dedicadas a Maria ou às santas católicas, orando para obter a cura de seus males.
A atmosfera deste festival é marcada pelo despertar das sementes, dos novos planos e novos projetos, pela iniciação em um caminho espiritual ou em novas oportunidades, pela aceleração e renovação das energias, pela purificação e pelo renascimento material ou espiritual, pela busca de presságios e pela preparação para sua realização.
Imbolc é uma data propícia para despertar a criatividade e abrir-se para a inspiração por meio da poesia, canções, narrativas, desenho, cerâmica ou dança.




Fonte: O Anuário da Grande Mãe: guia prático de rituais para celebrar a Deusa

DEUSES DA MITOLOGIA NÓRDICA

Os deuses da mitologia nórdica passam de trezentos, entretanto pouco mais de vinte são lembrados. Eram deuses fortes e maiores do que as pessoas comuns. Geralmente são bons, simpáticos e prestativos. Vivem mais do que os seres humanos, mas não são imortais.
ODIN – Zeus Nórdico, criador da humanidade, deus sabedoria (adquirida em troca de um olho, para que pudesse beber da Fonte da Sabedoria - Mimir), da guerra, da vitória e da morte; detentor supremo das fórmulas mágicas, da poesia, da profecia, e da caça. Tinha um aspecto assustador: era alto e forte como um gigante. Habitava o palácio de Valaskjálf, a morada dos heróis, em Asgard, o paraiso, de onde podia observar, de seu trono (o Hliðskjálf), o que acontecia em cada um dos nove mundos. Nas batalhas, Odin levava uma poderosa lança (Gungnir) e montava um terrivel corcel de fogo com oito patas chamado Sleipnir. Nos altares que se elevavam em sua honra, Odin era invocado na defesa contra o inimigo por ocasião das batalhas, durante os naufrágios, nas doenças, ou em qualquer situação desesperadora.
FRIGGA – Esposa de Odin. Deusa da fertilidade. Vestia um manto que mudava de cor conforme seu humor. Era invocada pelas mulheres no parto. Chefiava as Valquírias (divindades menores, servas de Odin).
HYR – Deus da batalha. Filho de Odin e Frigg.
BRAGI – Filho Odin com uma amante. Porta-voz e mensageiro dos deuses.
BALDER - Deus da beleza e do equilíbrio; o mais justo dos deuses. Filho de Odin e Frigg. Foi morto por Loki.
LOKI – Deus do fogo, da trapaça e da travessura. Pode assumir a forma de vários animais, exceto de aves. Ele pregava peças e insultava os outros deuses; por isso, é tido como símbolo da maldade. Depois de uma série de crimes (roubos e assassinatos) foi condenado a passar a eternidade numa caverna. Ele está entre as figuras mais complexas da mitologia nórdica.
SIGYN - Esposa de Loki. Quando Loki é castigado e preso numa caverna com o veneno de uma serpente pingando sobre seu rosto, Sigyn permanece com o marido, tentando minimizar o sofrimento dele.
HEL – Deusa da terra dos mortos. Filha do gigante Loki (deus do fogo) e da gigante do gelo Angrboda. Hel foi banida por Odin para as profundezas do mundo inferior que recebeu seu nome, Helheim. Seu trabalho era vigiar o reino subterrâneo dos mortos pecadores. Helheim fica às margens do rio Nastronol, que equivale ao rio Aqueronte da mitologia grega.
THOR – Deus do trovão. Filho de Odin com outra deusa. Por ter uma enorme estatura, é o mais forte dos deuses do panteão nórdico. Sua arma era um martelo de guerra mágico (Mjolnir) que nunca errava o alvo e sempre retornava as suas mãos; com ele gostava de esmigalhar o crânio dos gigantes do gelo, seus inimigos. Usava luvas de ferro também mágicas para segurar o cabo do martelo e um cinturão (Megingjard) que dobrava a sua força.
NJORD - Protetor dos navegadores. Os que o invocavam navegavam tranquilos.
FREYA - Deusa do amor e da luxúria. Detinha poderes de magia e feitiçaria. podia tomar a forma de um pássaro para descer ao mundo dos mortos e trazer profecias.
FREYR - Deus da abundância e irmão de Freyja. Decide quando a chuva cai, dá fartura aos frutos da terra, e é invocado na paz e na prosperidade. Possui um barco (skidbladnir) capaz de carregar todos os deuses. É o patrono da Suécia e da Islândia.
FORSETI - Deus da justiça. É ele que define as disputas entre os deuses e os humanos. Na mitologia, nunca falhou em um acordo. Falando por horas a fio, sempre convence os deuses pelo cansaço. 
NORNAS - Deusas do Destino. Urd conhece o passado; Verdandi, o presente; e Skuld, o futuro.
Fonte: Mistérios Antigos, Templo de Avalon.com
Deuses da Mitologia Nordica

Belisama, Deusa Celta da Água



No panteão celta, Belisama era uma deusa ligada aos lagos e rios e ao fogo e à luz. Muito cultuada na Gália e na Bretanha. Estava identificada à Minerva e também comparada à Brigid.   O seu nome significa a muito brilhante. Assim, esta deusa era associada ao fogo e à luz solar. Alias, era considerada mulher do deus cujo nome significa brilhante, Belenos.
Também chamada de rainha do céu e deusa da arte de viver. Tudo ao seu redor se convertia em riqueza e alegria. Belisama era tida como a grande transformadora da realidade e criadora das mudanças mágicas.
Algumas fontes interpretam seu nome como “a luminosidade do verão”. E de acordo com o mito, ela era esposa do deus Belenos, cujo nome significava “brilhante”.
Essa deusa também está associada à práticas curativas. Há um rio na Inglaterra que levava seu nome. Hoje o rio chama-se Riblle. 

Invocação à Belisama (Karidwen, Brigit. Dana, Tara)
(Karidwen, Brigit. Dana, Tara) 
 Glória à Ti, ó tão Santa Mãe (Belisama) 
Cheia de graças,
Porque o Incriado está conTigo,
seja bendita entre nós
Assim como seja louvado o fruto do teu Amor.
Tão Santa Mãe, protege-nos hoje
 esta noite,
Ajuda-nos à trabalhar pela Branca Luz,

Em Harmonia com o Todo. 


Fonte: Blog Cantinho dos Deuses e Site dos Druídas.free




As Tríades Teológicas Celtas

Tríades teológicas


1) Existem três Unidades primordiais. E não podem haver nada além destas. São elas:
- Uma Realidade Suprema,
- Uma Verdade,
- Uma Liberdade, lugar onde todas oposições se equilibram.
2) São três as coisas que emanam das três Unidades Primordiais.
- A Vida,
- A Bondade,
 O Poder.
3) A Realidade Suprema consiste obrigatoriamente de três coisas:
- O máximo possível quanto á Vida,
- O máximo possível quanto ao Conhecimento,
- O máximo possível quanto ao Poder.
E não pode haver outra coisa que seja O máximo possível quanto a estes três.
4) Há três características que são impossíveis que Deus não tenha:
- A Plenitude máxima do Bem, como sê-lo,
- A Plenitude máxima do Bem, como querê-lo,
- A Plenitude máxima do Bem, como fazê-lo.
5) São três os testemunhos da presença de Deus com respeito ao que Ele fez e fará como natureza:
- Poder infinito,
- Saber infinito,
- Amor infinito
6) Deus, infinitamente perfeito, demostra três objetivos ao criar quaisquer coisas:
- Diminuir o Mal,
- Aumentar o Bem,
- Justificar as diferenças entre as coisas, para que possa ser discernido entre aquilo que possa ser e aquilo que não possa ser. Porque não há nada que Ele não possa realizar, que Ele não possa conhecer, e que Ele não possa trazer á existência.
7) Há três coisas que Deus, infinitamente perfeito, não pode deixar de:
- Em todas as coisas, fazer o melhor possível,
- Em todas as coisas, fazer o mais necessário possível,
- Em todas as coisas, fazer o mais belo possível.
8) Há três estabilidades na Existência da Vida, devido à perfeição de seu Autor:
- Ela não pode ser aquilo que ela não é,
- Ela não deve ser aquilo que ela não é,
- Ela não pode ser concebida, por consequência, de outra forma que não seja.
E disso, surge o fato que toda coisa tem a finalidade que lhe é própria.
9) Em Deus existem três coisas que necessariamente deverão existir. Estas três coisas são:
- O Poder Supremo,
- A Inteligência Suprema,
- O Amor Supremo.
E isto justifica a finalidade de todas as coisas.
10) Deus possui três supremacias:
- A Vida Universal,
- O Saber Universal,
- O Poder Universal.
11) Existem três causas da Vida:
- O Amor de Deus (com inteligência sobre todas as coisas , supremamente completo),
- A Inteligência de Deus (pelo supremo conhecimento de todos os meios de ação),
- O Poder de Deus (com a Vontade, o Amor, e a Inteligência supremas).
12) Existem três Círculos dentro da Vida Universal ou Universo.  Estes três Círculos são :
- O Círculo de Keugant, círculo vazio (cujo interior não se conhece), onde nenhum ser pode existir senão Deus. Nem os vivos nem os mortos conseguem lá acessar, e somente Deus pode atravessá-lo, por suas manifestações diversas.
- O Círculo de Abred, círculo da Fatalidade, do Destino inevitável, onde cada novo estado, cada nova existência, nasce á partir da morte.  E este Círculo, o Homem atravessa,
- O Círculo de Gwenved (Güinuid), círculo da Beatitude, o mundo branco(a última Luz, o Mundo da Luz),  de onde cada estado deriva e nasce a partir da vida. E este Círculo, o Homem atravessará finalmente e obrigatoriamente.
13) Existem três estados de existência e de vida para os seres vivos. São estes:
- O estado de submissão à Fatalidade dentro do Abismo (Anwn (Anuin)), (Abred em Anwn),
- O estado de liberdade moral, por meio da Humanidade (Abred),
- O estado de felicidade e amor perfeito, no Céu (Gwenved).
14) Existem três realidades inerentes a qualquer existência para os seres vivos, três necessidades ás quais nenhum ser vivo escapa. São estas :
- O inevitável começo à partir do Círculo de Anwn (Anuin),
- A inevitável evolução no Círculo de Abred,
- A inevitável ascensão final ao espaço espiritual no Círculo de Gwenved.
E sem atravessar estes três estados nada pode existir, exceto Deus por si só.
15) Existem três necessidades inevitáveis no Círculo de Abred. São estas :
- A manifestação mínima possível da Existência. E é de lá que começa toda a vida,
- A tomada de posse do princípio da Substância. Deste deriva o Crescimento, que não poderia existir em nenhum outro estado,
- A transformação desta Substância e desta Existência pela Morte e suas consequências. E é disso que surgem a debilidade e a brevidade da própria vida
16) Existem três coisas que não podemos realizar, em qualquer forma de Existência que  seja, porque Deus é justiça Infinita. São elas :
- A necessidade de esgotar o Sofrimento, sem o qual não saberíamos obter o Conhecimento completo do Todo; isto em Abred,
- A certeza de obter uma parte do infinito Amor de Deus,
- Conseguir, graças a seu poder infinito, fazer o que é justo e bom (o mais importante).
E sem Ele, estas três tarefas não poderiam ser levadas a termo.
17) Existem três razões de ser da Fatalidade e do Destino que reinam no círculo de  Abred. São elas :
- A necessidade de colher o fruto de cada existência e de cada estado da Vida,
- A necessidade de conhecer a todas as coisas,
- A necessidade de recolher a força moral necessária para triunfar sobre todo o ódio, toda a repugnância, e desfazer-se do Mal, ao controlar os princípios da maldade
Sem estas três necessidades em Abred, durante a travessia de cada estado de vida, não existe nenhum ser vivo, nenhuma forma, que poderia chegar ao círculo de Gwenved.
18) À partir do princípio da Fatalidade e da Necessidade, incluídos por definição dentro do Círculo de Abred, surgem três Calamidades deste Círculo. Estas são :
- O Destino inevitável,
- O Esquecimento das existências sucessivas,
19) Existem três necessidades primordiais, pré-existentes à todas as outras, que devem necessariamente ser satisfeitas antes que o Ser atinja a plenitude do Conhecimento. São estas :
- Atravessar o Círculo de Abred, em todas as suas modalidades,
- Atravessar Gwenved quando,
- Nos lembrarmos de todas as coisas que se manifestaram em nós desde o Círculo de Anwn.
20) Existem três contatos necessários com o Círculo de Abred. São estes :
- A necessidade de Transgredir a regra e se libertar da Fatalidade. Porque não pode ser feito de outra forma,
- A necessidade de se desfazer do Mal e da Corrupção, e isto por meio da Passagem,
- A necessidade de aumentar sua própria bondade e o princípio da Personalidade, desfazendo-se do Mal e libertando-se por meio da Passagem.
E estas três coisas não podem acontecer a não ser pelo Amor Infinito de Deus, que, necessariamente, conserva o que criou.
21) Existem três meios que Deus circunscreve no Círculo de Abred, para permitir o triunfo do Mal e do Princípio da Extinção. São estes :
- O Destino primitivo e sua Necessidade,
- O esquecimento das modalidades sucessivas de existências,
- A Passagem.
E estas três coisas permitem evadir-se de Abred e passar para Gwenved, escapando assim do Mal e da da Extinção.
22) Existem três acontecimentos que estiveram na origem de tudo. São estes :
- O Homem,
- A Liberdade, na forma de Ordem autônoma, ou livre arbítrio,
- A Luz espiritual, esclarecendo os seres sobre o que é o bem e o que é o mal.
23) Existem portanto para o Homem três necessidades inadiáveis. São estas:
- A necessidade de aprender pelo sofrimento,
- A necessidade de se renovar,
- A necessidade de escolher.
E, pelo poder da livre Escolha, não podemos conhecer o Sofrimento e a Renovação senão antes de seu fim.


24) Existem três alternativas para o Homem. São estas:
- O  Círculo de Abred ou o Círculo de Gwenved, como objetivos,
- A Fatalidade ou a Liberdade moral, como meios,
- O Mal ou o Bem como resultados.
Estando tudo em equilíbrio, estando tudo no domínio das possibilidades, o Homem tem então o poder de se apegar a um ou ao outro, segundo sua vontade própria.
25) A Fatalidade inerente ao Círculo de Abred deriva de três coisas, e são estas três coisas que aprisionam o homem, a saber :
- A falta de esforços em direção ao Conhecimento,
- A falta de apego e busca em direção ao que é o Bem,
- A preferência pelo que é o Mal.
Por estes três erros ou estas três faltas, o Homem se afunda no Círculo de  Abred, se retarda e, durante o curso desta perigosa travessia, retorna à sua condição anterior.
26) Três erros fazem tombar, inevitavelmente, no Círculo de Abred, infelizmente mesmo que estejamos de alguma forma voltados para o Bem. São estes :
- O orgulho egoísta, que faz recair em Anwn,
- A mentira egoísta, que faz recair em Gobren,
- A crueldade egoísta, que faz recair em Kenmil.
E depois o Homem retorna à Humanidade, como antes.
27) Para retornar ao estado Humano, existem três necessidades para o Ser. São estas :
- A necessidade de obter a Ciência, o Amor, a Força Moral, e isto antes que venha a Passagem.
Isto não pode ser feito a não ser por uma Escolha deliberada e uma Liberade moral, existentes antes do estado de Humanidade.
Estas três aquisições são chamadas as « Três Vitórias ».
28) Existem então três vitórias sobre o Mal e sobre o Princípio da Extinção. São estas :
- A Ciência, o Amor, e a Força Moral.
Porque o Conhecimento, o Desejo e a Força têm sucesso por sua união íntima em tudo o que desejam. Elas começam na condição humana, e permanecem ininterruptas por todas as existências sucessivas, por toda a eternidade.
29) Na Humanidade, o Ser possui três privilégios, São estes :
- O discernimento entre Bem e o Mal. Surge disso, a possibilidade de comparação,
- A liberdade de escolha. A partir disso, o livre-arbítrio, o julgamento, a preferência por um ou por outro,
- O começo do poder realizador, tendendo a realizar aquilo que que se tenha livremente escolhido.
Estes três privilégios, estes três poderes, são indispensáveis para realizar o que quer que seja (e assim escapar da Fatalidade pura).
30) Existem três diferenças, inevitáveis e necessárias, entre Deus, o Homen e todos os outros seres. São estas :
- O limite (de Espaço e de Duração) para o Homem. E não saberíamos encontrar um em  Deus
- O começo do Homem. E não saberíamos imaginar um em Deus
- A renovação necessária á condição humana, no Círculo de Gwenved.
Porque Deus subsiste no círculo de Keugant, o Círculo Vazio...
31) Existem três estados particulares ao Círculo de Gwenved, para a Criatura. Estes três estados são :
- Sem nenhum sofrimento (Annrwg)
- Sem nenhuma necessidade (Annesiau)
- Sem nenhum fim (Annarfod).
32)  Existem três coisas que o Ser encontra no Círculo de Gwenved. São estes :
- O Poder original
- A Memória original;
- O Amor original
E sem estas três felicidades, não pode haver beatitude.
33) Existem três diferenças essenciais entre um ser vivo e outro, três coisas que fazem que cada ser seja completamente diferente um do outro. São estas :
- A essência da Personalidade, ou Alma
- A Lembrança de tudo aquilo que pudemos ser, de tudo tivermos conhecido
- O Destino final, ou « vir a ser ».
Em cada ser, e sómente para cada ser, estas três coisas são completas, e elas não poderiam ser comuns ou partilhadas com nenhum outro ser. Cada um possui sua herança, desde origem de Tudo, e não poderia haver duas plenitude idênticas.
34) Existem três dons que a Infinita Bondade de Deus faz à todo Ser ser vivo. São eles :
- A plenitude de sua própria descendência
- A consciência de si
- A distinção particular entre sua Alma e a dos outros.
E assim, por estes três dons, cada ser difere dos outros.
35) Pela compreensão de três coisas, podemos diminuir o Mal, a Morte, e triunfar finalmente. São elas :
- A compreensão de sua natureza, em seu verdadeiro aspecto
- A compreensão de sua causa e de sua razão de ser
- A compreensão de suas modalidades de ação.
E estas três compreensões, nós as encontramos no Círculo de Gwenved.
36) Existem três coisas que constituem o Conhecimento, ou Ciência, que cada ser deve finalmente possuir. Estas três coisas são :
- O fato de ter finalmente completado a travessia de todos os estados de existência
- O fato de ter a Lembrança da travessia de cada um destes estados de vida, com todos seus incidentes, suas penas e suas alegrias
- O fato de poder atravessar não importa qual estado de existência, à vontade, para efeito de experiência e de apreciação.
E estas três coisas, que constituem o Conhecimento final reservado à cada um dos seres, não se encontram a não ser no Círculo de Gwenved.
37) Todo Ser vivo possui três preeminências sobre cada um dos outros Seres ser vivos (preeminências que o distinguem dos outros), no Círculo de Gwenved.  São estes:
- Sua própria vocação (ou Personalidade final)
- A liberdade moral que Deus lhe deu ou « privilégio »
- Sua Alma própria, que faz que dois seres não sejam semelhantes em nada.
Assim, cada um deles possui, dentro do Círculo de Gwenved, tudo o que necessita para que seja diferente dos outros seres, e para isto, à cada um deles, não falta nada.
38) Existem três coisas que são impossíveis, salvo para Deus.  São elas:
- De suportar a eternidade absoluta do Círculo de Keugant
- De participar de todos os estados de existência sem se renovar
- De melhorar e de renovar toda coisa sem deixá-la se perder.
39) Existem três coisas que não poderão jamais se extinguir, e isto por causa da necessidade de sua existência. São elas:
- A ‘forma’ do ser (sua natureza, sua raça)
- A ‘substância’ do ser (sua Personalidade, o si)
- O ‘valor’ deste ser (seu nível moral e seu grau de evolução).
Por isso, pela libertação do Mal, estas três coisas estarão durante toda Eternidade do Gwenved, nos diversos estados do Belo e do Bem. Elas constituem necessariamente a manifestação.
40) Existem três mobilidades de renovação da condição humana, dentro do Círculo de Gwenved. São elas:
- A instrução (que aumenta o Conhecimento)
- A Beleza (sua busca)
- O Repouso (pela inaptidão para suportar Keugant e sua Eternidade vazia).
41) Existem três coisas que crescem o tempo todo no Universo. São elas:
- A força, ou Luz Divina
- A Consciência, ou Verdade
- A Alma viva, ou Vida.
E porque estas três coisas prevalecerão sobre todas as outras, finalmente, destas surgirá o desaparecimento de Abred.
42) Existem três coisas que, sem cessar, decrescem, e estão desaparecendo no Mundo. São elas :
- As Trevas, ou Ignorância
- A Mentira, ou Erro
- A Morte.
43) Existem três coisas que a cada dia se reforçam. São elas :
- O Amor (de todos os seres uns para com os outros, de todos os seres com respeito à  Deus)
- A Ciência (ou Conhecimento progressivo dos seres)
- A Justiça (direito, igualdade, dos seres com respeito a outros seres e a harmonia progressiva dos elementos constitutivos do Mundo).
E isto porque o máximo de esforço é feito em direção à elas.
44) Existem três coisas que irão se enfraquecer sem cessar a cada dia :
- O Ódio (dos seres uns para com os outros. É isto que se opõe à sua harmonia geral)
- A Deslealdade (que gera a injustiça e a Desordem do Mundo)
- A Ignorância (que impede o Homem de vencer a Morte e a Fatalidade do Destino).
E isto por que a maior soma de esforço vai contra elas.
45) Existem três plenitudes no seio do Círculo de Gwenved.  São elas :
- O fato de ter participado à cada estado de vida e de ter finalmente a plenitude de um deles
- A cogestação de cada princípio ou Alma, e a superioridade de  um deles
- O fato de amar a todo ser, e toda modalidade de existência, e de por isso amar qualquer um acima de tudo, quer dizer Deus ele mesmo.
E é nestas três coisas que reside a plenitude do Círculo de Gwenved.
46) Existem três necessidades que não se podem retirar de Deus. São elas :
- O fato de ser Infinito (e por isto é Deus)
- O fato de ser obrigado a se limitar, por relação ao que é limitado (e isto porque o Relativo não poderia então conceber o Absoluto)
- O fato de ser Unificado c
om cada estado de Vida, cada modalidade de existência, dentro do Círculo de Gwenved (e isto por que neste Círculo, os seres e as coisas são tais que Deus originalmente as concebeu e desejou). 

Fonte:Traduzidas por Robert Ambelain e publicadas no livroLes Traditions celtiques, doctrine initiatique de l’Occident, Dangles, 1977, Saint Jean de Brayes, pp. 162-192. (Assembleia da Tradição Druídica do Brasil).

quarta-feira, 25 de julho de 2012

As Corujas são uma ordem de aves de rapina, na maioria são animais solitários e noturnos. Elas são encontradas em todas as regiões da terra exceto na Antártica, na maior parte da Groenlândia e em algumas ilhas remotas.
De aparência exótica esta ave de rapina ao longo da história da humanidade tem simbolizado, conhecimento, sabedoria, pavor, e diversas crenças oriundas do mundo espiritual. Na mitologia grega encontramos Athena, a deusa da guerra e sabedoria que tinha como mascote, uma coruja. Os gregos, principalmente os de pensamento filosófico, consideravam a noite um momento de revelação. E sendo a coruja um pássaro noturno, acabou sendo representado por essa busca do saber. Já no Império romano, a ave era tida como animal agourento, seu canto anunciaria que a morte estava próxima.
Ao longo da história e em muitas culturas, as corujas foram associadas com sabedoria. Este é o caso da coruja na Grécia antiga. A coruja e, especificamente, a "Pequena Coruja" (Athene noctua), era símbolo da deusa Atena. Um dos epítetos da Atena é "Glaukopis", significando olhos brilhantes.Etimologicamente, esta palavra deriva de "Glaucos", significando brilhante e "Ops", que significa olho. É digno de nota que a palavra "Glaux" (coruja) tem a mesma raiz, aparentementedevido aos olhos exclusivos do pássaro. Então, o pássaro que vê na escuridão está intimamente associado à Atena, a deusa da sabedoria. Atena foi retratada com sua ave sagrada nos Tetradracmas atenienses, moedas cunhadas em várias versões por cerca de 400 anos. A coruja foi protegida e habitava a Acrópole em grande número, acreditando se trazer vitória nas batalhas. A pequena coruja também mantinha um olho no comércio ateniense, do verso do Tetradracma.
Conta-se que em uma língua nórdica antiga, ela era chamada de "Ugla", palavra que imita o som do seu canto, e que daria origem ao termo "Ugly", feio em inglês. Interessante notar que ao identificar um animal para símbolo disso ou daquilo, a cultura universal escolhe àqueles de aparência esquisitas. Como o sapo, símbolo da fartura e boa sorte, e a águia símbolo da transformação do ser humano.
Conforme a história, diferentes civilizações adotaram estranhos animais para simbolizar a sabedoria. Como a tartaruga para os chineses e um peixe para os Celtas.
A tradição dos índios norte-americanos diz que a coruja mora no Leste, lugar de iluminação. Posto que a humanidade teme a escuridão, a Coruja enxerga no breu da noite. Onde os humanos se iludem ela percebe com clareza, acreditavam os índios.
No folclore brasileiro, consta que, para os seus filhotes não fossem vítimas de predadores, esta já ia lhes avisando - seria facil reconhecê-los, eles eram os "mais bonitos" da floresta. Daí o dito popular: "Toda a coruja gaba-se do seu toco", referindo-se ao ninho de seus horríveis filhotes. Assim como uma mãe elogia seus rebentos mesmo sabendo que todo recém-nascido não tem (ainda) nada de beleza.
Para os filósofos gregos o símbolo da sabedoria está intimamente ligado à influência da mitologia, de onde se origina a filha de Zeus, deus dos deuses, Athena, como fora dito deusa da guerra e da sabedoria. Athena traz pousada em sua mão direita a figura da ave noturna, que segundo a lenda sempre estava ao seu ombro, revelando-lhe as verdades invisíveis. É a crença difundida até os dias de hoje por filósofos contemporâneos.A Coruja e as Sociedades Secretas
No esoterismo que envolve parte da simbologia da Coruja, vamos encontrar uma sociedade secreta denominada Bohemian Club, fundada em 1872 em São Francisco,EUA, onde se reunem periodicamente. Uma vez por ano a sociedade convida para um grande encontro, homens poderosos da elite. O encontro é realizado em um grande bosque chamado Bohemian Grove. No centro, há uma grande pedra em forma de coruja.
Desde sua fundação foi adotado como símbolo uma coruja e uma estátua, que simboliza "estantes" de conhecimento. Seu lema é: "Weaving dealing spiders come not here". Adaptada em tradução livre: "Deixe seus negócios sujos na porta."
Curiosidade: a coruja vira a cabeça quase atingindo um ângulo de 360º. O que amplia seu angulo de visão, muito superior ao do ser humano.

Fonte: ANIMAIS DE PODER.COM

GRANDE TECELÃ DO UNIVERSO - A SIMBOLOGIA DA ARANHA


A tecelã do Universo está entre o céu e a terra, o seu poder é infinito. Ela constrói, desfaz, fia, captura e renova a sua teia, por isso, ela é um símbolo das forças que mantém a estabilidade cósmica. Inspira a visão, a coragem para transformar os nossos sonhos em realidade, tecer os nossos desejos.
A aranha que apareceu no sonho do Xamã para explicar-lhe sobre a composição do que hoje chamamos de filtro dos sonhos (dreamcatcher), que nada mais é do que um condutor do subconsciente manifestando proteção e auxiliando na evolução espiritual. E nas palavras de K. G. Jung diz que a aranha é como símbolo representativo do Self, trata-se da força interior que emana de quem realmente somos, sombra e luz, claro e escuro, etc.
Assimiladas ao tecer das aranhas, temos as tecelãs que ao longo dos tempos utilizam desse poder ancestral ao fiar as infinitas possibilidades restabelecendo a ordem no caos, dando forma aos seus anseios, saberes e sabores femininos que apenas foram “sufocados” com a chegada da revolução industrial (mazelas do patriarcado).
Manuseando um tear as tecelãs estão frente a frente com a sua inspiração e se entregam totalmente ao trabalho e a arte, traçando todas as suas vontades e transformando-as em realidade palpável.
Mulheres de várias tribos untavam de sangue menstrual o fuso (máquina de tear antiga) para invocar a proteção das Deusas. Mulheres também se reuniam em cavernas durante o inverno para fiar, cantar e dançar, o uso do fuso para fiar também era usado para presságio de conclusões de guerras, como por exemplo, as videntes da Irlanda que usavam pequenas tábuas furadas no meio e giradas com as mãos um método de tecer para prever os resultados das batalhas e cataclismos naturais.
Os cintos decorados e utilizados como objetivos mágicos, também, são citados no decorrer da história.
Cintos longos de lã vermelha e com franjas nas extremidades (chamados Zostra), heranças preciosas das mulheres européias, que eram passados de mães para as filhas e usado em partos difíceis, sendo colocados nos ventres das parturientes, assim como era feito com a reprodução do cinto mágico da Deusa Brigid (chamado brat) que facilitava a concepção e o parto.
Em um poema norueguês do século 11 descreve-se uma cena dramática em que doze Valquírias tecem entranhas humanas sobre um tear feito de espadas e caveiras, cuja canção pressagia o fim funesto de uma batalha e a morte de muitos guerreiros.
Ecos das Deusas tecelãs existem no cristianismo, como são vistas nas cenas da Anunciação de vários afrescos, onde Maria aparece segurando um fuso e o fio passa iluminado acima da cabeça de Jesus, enfatizando a ligação entre o ato de fiar como símbolo do destino, da vida e do nascimento da criança divina.
Fontes muito antigas descreviam a Deusa anciã como Tecelã e Senhora do Destino, enquanto as Senhoras Brancas se deslocavam nas noites de lua cheia carregando fusos, predizendo a sorte ou dando mensagens as mulheres reunidas nos círculos de menires ou próximo aos locais de poder da terra. As camponesas européias deixavam meadas de lã ou linho nestes lugares junto com oferendas de pão e manteiga, na manhã seguinte o pão tinha desaparecido e os fios tinham sido tecidos.
Existem monumentos megalíticos em alguns lugares da Europa como Inglaterra e Irlanda, onde acreditava-se que Fadas gigantes carregavam as pedras em suas cabeças enquanto fiavam e cantavam, como conta na Irlanda que várias colinas e ilhas foram criadas pela anciã Cailleach, que levava pedras no seu avental e as espalhava a seu gosto pela terra. Essa ligação entre seres sobrenaturais, menires e locais de poder telúrico levou à sua “demonização” pela igreja cristã, que as denominou de “pedras do diabo”, onde as bruxas teciam suas maldições e feitiços malignos.
Uma outra semelhança que existe, referente ao ato de fiar das tecelãs é a ligação do cordão umbilical que é cortado para dar continuidade a uma nova vida, sendo que, quando se corta o fio no fuso/tear está se fazendo o mesmo com o que foi criado.

"Tecemos a nossa Essência

Tecer o dia que nasce;
Uma tarde que se transforma;
Uma noite que se prepara e chega...
Lua que pode mudar e dar formas.
Tecemos a nossa linha de equilíbrio
E saudamos a sabedoria dos nossos ancestrais.
Tecer o que foi perdido e agora mais do que nunca encontrado.
Tecemos a jornada da alma
Para nos sentirmos eternamente plenos.
Tecer... Tecemos e continuaremos a tecer...
As buscas em movimentos,
Assim como as nossas formas...
Hoje sou uma lebre,
Amanhã um lobo, aranha por uma vida inteira.
Corujas sábias...
A Donzela que está em meu coração,
A Mãe que em meu ventre encontro,
Anciã na mente e na sabedoria.
Procuramos a força da água em nosso corpo
Que encontramos em nosso sangue e saliva;
O fogo, o calor do nosso corpo,
Assim quando juntamos as nossas mãos e as aquecemos;
A terra, nosso corpo físico, abraçar as árvores,
Sentir a terra sob os nossos pés;
Ar, nossa respiração, o sopro da inspiração.
Tecemos o nosso dia, a nossa vida, buscamos a totalidade...
Assim dançamos com a nossa vida, com os sentires, com a nossa inspiração.
Dançamos como mulheres Aranhas...
Com os fios que tecem...
Com a energia em movimento...
Com os nossos ciclos...
Tecer cada dia um novo fio...
As descobertas que brilham em nossa alma e se transformam em essência.
Então, vamos dançar cada fio que tecemos!?" (Alëssah Celtic)

Fonte:Blog bruxaria-tradicional, Animais de Poder.com



 

"Tecemos a nossa Essência

Tecer o dia que nasce;
Uma tarde que se transforma;
Uma noite que se prepara e chega...
Lua que pode mudar e dar formas.
Tecemos a nossa linha de equilíbrio
E saudamos a sabedoria dos nossos ancestrais.
Tecer o que foi perdido e agora mais do que nunca encontrado.
Tecemos a jornada da alma
Para nos sentirmos eternamente plenos.
Tecer... Tecemos e continuaremos a tecer...
As buscas em movimentos,
Assim como as nossas formas...
Hoje sou uma lebre,
Amanhã um lobo, aranha por uma vida inteira.
Corujas sábias...
A Donzela que está em meu coração,
A Mãe que em meu ventre encontro,
Anciã na mente e na sabedoria.
Procuramos a força da água em nosso corpo
Que encontramos em nosso sangue e saliva;
O fogo, o calor do nosso corpo,
Assim quando juntamos as nossas mãos e as aquecemos;
A terra, nosso corpo físico, abraçar as árvores,
Sentir a terra sob os nossos pés;
Ar, nossa respiração, o sopro da inspiração.
Tecemos o nosso dia, a nossa vida, buscamos a totalidade...
Assim dançamos com a nossa vida, com os sentires, com a nossa inspiração.
Dançamos como mulheres Aranhas...
Com os fios que tecem...
Com a energia em movimento...
Com os nossos ciclos...
Tecer cada dia um novo fio...
As descobertas que brilham em nossa alma e se transformam em essência.
Então, vamos dançar cada fio que tecemos!?" (Alëssah Celtic)

Fonte:Blog bruxaria-tradicional, Animais de Poder.com
 

PAGANISMO

Paganismo (do latim paganus, que significa "camponês", "rústico") é um termo geral, normalmente usado para se referir a tradições religiosas politeístas.
É usado principalmente em um contexto histórico, referindo-se à mitologia greco-romana, bem como as tradições politeístas da Europa e do Norte da África antes da cristianização. Num sentido mais amplo, seu significado estende-se às religiões contemporâneas, que incluem a maioria das religiões orientais e as tradições indígenas das Américas, da Ásia Central, Austrália e África, bem como às religiões étnicas não-abraâmicas em geral. Definições mais estreitas não incluem nenhuma das religiões mundiais e restringem o termo às correntes locais ou rurais que não são organizadas como religiões civis. Uma característica das tradições pagãs é a ausência de proselitismo e a presença de uma mitologia viva, que explica a prática religiosa.
Na perspectiva cristã, o termo foi historicamente usado para englobar todas as religiões não-abraâmicas. O termo "pagão" é uma adaptação cristã do "gentio" do judaísmo e, como tal, tem um viés abraâmico inerente, com todas as conotações pejorativas entre o monoteísmo ocidental, comparáveis aos pagãos e infiéis também conhecidos como kafir (كافر) e mushrik no Islã.
Assim sendo, etnólogos evitam o termo "paganismo", por seus significados incertos e variados, referindo-se à fé tradicional ou histórica, preferindo categorias mais precisas, tais como o politeísmo, xamanismo, panteísmo ou animismo.
Desde o século XX, os termos "pagão" ou "paganismo" tornaram-se amplamente utilizados como uma auto-designação por adeptos do neopaganismo.
Como tal, vários estudiosos modernos têm começado a aplicar o termo de três grupos distintos de crenças: politeísmo histórico (como a mitologia celta e o paganismo nórdico), religiões indígenas, folclóricas e étnicas (como a religião tradicional chinesa e as religiões tradicionais africanas) e o neopaganismo (como a wicca, o reconstrucionismo helénico e o neopaganismo germânico).

"Paganismo é um termo genérico para as religiões politeístas antigas e novas.
O paganismo é um dos caminhos espirituais que nos leva à comunhão com os Deuses ou as divindades politeístas, antes da era cristã, ou seja, uma religião natural e étnica que representa um povo ou cultura, bem como aos ancestrais e a própria natureza. "A característica das tradições pagãs é a ausência de proselitismo e a presença de uma mitologia viva na sua prática religiosa."
Geralmente, o termo paganismo é usado para distinguir algumas religiões politeístas - que é a crença em vários Deuses e Deusas; panteístas - a crença em que a natureza e todo o universo, são divinos; e animistas - a crença em que os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas) e todos os elementos da natureza possuem um espírito ou uma entidade divina.
Alguns seguidores do paganismo celebram o Caminho individualmente ou com outras pessoas, membros de um mesmo grupo ou tradição, conhecidos como tribos ou clãs.
Existem muitas vertentes dentro do Paganismo, dentre esses caminhos, alguns estão claramente definidos e possuem uma organização própria, outros não. Os caminhos mais conhecidos, hoje em dia são: Druidismo, Reconstrucionismo Celta (RC), Wicca, Odinismo ou Asatru, Vanatru, entre outras.
A Bruxaria Tradicional também é uma religião pagã que visa os cultos pré-cristãos, através da preservação de costumes, valores e folclore de um determinado povo, neste caso, mantendo-se o foco na tradição ibero-celta como base de nossas pesquisas, descritos no texto: Druidismo e Bruxaria Tradicional.
Há muitos mistérios que envolvem o paganismo, alguns bem distorcidos, como o próprio pentagrama. Um símbolo pagão muito antigo e, muitas vezes, associado ao "mal" ou quando invertido, ao satanismo e aos rituais satânicos. E, que nos dias de hoje, se tornou um emblema, quase que oficial, do paganismo moderno. Frisando que o pentagrama não é um símbolo celta.
Os antigos celtas contemplavam o mistério da vida e da morte, através dos círculos e das espirais.
Enfim, o paganismo não tem nenhuma relação com satanismo ou magia "negra". Os mistérios pagãos vão muito além das brumas do tempo... Prestes a renascer!
As brumas são os véus que encobrem o mistério do caminho gasto pelo uso. Muitos são os que vão nos ver e não vão nos entender, além de não conseguirem absorver toda a sabedoria dos Antigos, simplesmente por medo e/ou ignorância.
Abençoado seja o resgate da espiritualidade celta e da sacralidade da natureza!
Ouça agora mesmo o chamado, vá direto para Glastonbury e ultrapasse o Portal... Absorva todos os conhecimentos vindos de Avalon, através das lendas e dos mitos. E, não tema passar pelas brumas, pois um mundo maravilhoso espera aqueles que possuem fé e amor dentro de seus corações." 
(Rowena Arnehoy Seneween)